Daniel Ramos foi a primeira ‘vítima’ da carreira sénior de Bruno Lage, que conduziu o Benfica ao triunfo sobre o ‘seu’ Rio Ave, por 4-2, a 6 de janeiro de 2019, e não tem dúvidas de que a direção liderada por Rui Costa acertou ao recuperá-lo.

Em entrevista concedida à edição deste domingo do jornal O Jogo, o técnico de 59 anos de idade (que, atualmente, está livre de contrato, disse acreditar que o companheiro de profissão “traga algo de diferente” aos encarnados, nomeadamente, “uma energia muito positiva vinda de fora, por ser um treinador novo”.

“Bruno Lage tem todas as condições para impor a ideia que quer, apesar de entrar com a época em curso e já sem poder controlar a pré-época e o ajuste de mercado (…). Irá clarificar aquilo que pretende fazer, impor as suas ideias e passar uma mensagem muito clara e muito positiva ao seu grupo de trabalho”, começou por afirmar.

“A grande mudança irá ser na forma como a massa associativa irá dar o benefício da dúvida à equipa. Considero Schmidt um grande treinador por aquilo que realizou, mas tudo tem o seu tempo e nem sempre as coisas acontecem como se quer. Quando se muda, espera-se que haja reação da equipa, mas também da massa adepta, e o Benfica, como grande clube que é, certamente, vai dar essa energia de fora para dentro”, prosseguiu.

“Vejo Bruno Lage como um dos grandes treinadores portugueses, já o provou, sei da qualidade do seu trabalho e da sua equipa técnica. Vão trazer vitalidade à equipa, vai tornar o Benfica mais competente, e, dessa forma, com o que falta de campeonato e a distância pontual não ser muito acentuada, se o Benfica começar a entrar nos eixos, e acredito que o irá fazer, a discussão do título estará em aberto e será muito mais discutido”, completou.